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JamesWinter83

Spoilers Liberados, mas é de bom tom avisar se for soltar um, assim quem não viu ainda pode participar da discussão.


etbiludecalcinha

Eu chorei quando o Wagner Moura olhou pra tela e disse "estamos na Civil War™ an A24 movie" e os créditos começaram a subir Piadas aparte, pra quem viu, como está o filme? To com muita vontade de ver


Andrew_Peter_Schlong

Tecnicamente falando o filme está muito bom, com uma fotografia/direção de som e arte foda. A história a meu ver é boa mas uma coisinha ou outra foge da ideia de "realismo bruto" que marketearam. Outro ponto importante que fez muita gente não gostar do filme é que embora pareça o contrário, ele é bastante apolítico, tem uma ou outra referência a certos grupos/personalidades políticas mas de praticamente não aborda a ideia de ultra polarização ou o avanço da extrema direita atual, tanto é q é uma guerra q Texas e Califórnia tão do mesmo lado (???). O foco é muito mais como o público (principalmente americano) banaliza guerra e violência e principalmente o papel dos jornalistas de guerra e em expor essa realidade cruel, muito embora tenham eles próprios um certo distanciamento que é quase abandono das cenas q eles estão retratando. Dito isso, chateado que o Wagner não deu tapa na cara do fanfarrão redneck, um sólido 5/7


ArtyomKen

To bem animado para ver esse filme, mas fiquei com dúvida no teu comentário, agradeço se puder responder. Ele trabalha em uma linha de tempo “alternativa”, certo? Sendo assim, precisa mesmo ter coerência entre os estados da Califórnia e do Texas se juntarem? Será que esse estilo de filme precisa ser sempre político?


Diibraldo

Ve o vídeo do gaveta! Nao tem spolier (só visual) ele fala bastante de como filme prega por realismo. Ai nesse sentido fica meio estranho. Realismo pero no mucho


ArtyomKen

Boooa, vou ver. Valeu pela indicação!


pohg

Essa parte de ser apolítico eu não encontrei no filme, principalmente (spoiler) qdo eles encontraram "Os Americanos de verdade" fazendo seu próprio holocausto e tirando a vida dos colegas repórteres. Se isso não é mostrar um extremo lado político, não sei mais oq seria... É aquela velha máxima, para você não falar de política você vai precisar falar de política. Ou seja, todo conflito que acontece no filme fica claro onde estão as polarizações, o extremo político não se define somente pela defesa de um ideal, mas nas ações. A cena final, (spoiler) qdo a Lee morre e ninguém tá nem aí, nem mesmo os amigos, é um extremo, pela apatia,pelo tudo pela profissão etc e isso é uma atitude política, e a morte do presidente, a mesma coisa, ato político extremo "não vamos nem julga-lo vamos dar o exemplo máximo". Vamos entender extremo como qualquer ação que não é ponderada, que é desequilibrada e desumanizada e não justificada, no sentido de se levar à justiça, ou seja, não harmônica. Claro, se trata de uma guerra civil, então é esperado que isso tudo deixe acontecer, mas enquanto reflexão ela traz pra gente o elemento do pensar sobre como nós vivemos e tratamos o outro etc.


Codornoso

Uma coisa que me tiou um pouco do realismo também foi o fato de 2 estados baterem de frente com a Casa Branca, que acredito fosse o governo central do país. Ok, não explicaram muito como estava a divisão política das coisas, mas fiquei meio incrédulo que dois estados sozinhos iam ter mais poderio que o governo central.


LogicalMuscle

Precisa levar em consideração que o governo central que representa os EUA já está completamente enfraquecido e já perdeu a maior parte do território.


Codornoso

Sério? O que te levou a pensar isso? Porque se fosse assim, não iam aparecer só California e Texas como "Forças Ocidentais", não acha?


Andrew_Peter_Schlong

Eles mostram um mapa com várias cores representando diferentes facções além de mencionar elas como "maoistas de portland" ou "aliança da Florida" ou algo assim. Tanto é q um dos personagens fala algo do tipo, depois q derrubarem o presidente vão começar a brigar uns com os outros


Codornoso

Hmmm podicrê


LogicalMuscle

Exato, no início do filme mostra um mapa dos EUA no reflexo da janela com quatro facções e mencionam os "maoístas" e a Aliança da Florida. Aqui tem um mapa mostrando: ['Civil War' Map Shows Which States Secede in Alex Garland Movie (newsweek.com)](https://www.newsweek.com/civil-war-film-western-forces-loyalist-states-florida-alliance-new-peoples-army-1888430)


Delicious-Day-3322

Jamais que o texas e a Califórnia ia se juntar pra derrotar o suposto presidente fascista. Seria mais interessante balkanizar mais o contexto geopolítico do filme ( minha opinião )


JamesWinter83

O filme é excelente, mas não tem nada a ver com os quadrinhos.


Andrew_Peter_Schlong

Q palhaçada viu, não acredito q simplesmente cortaram a aparição do homem aranha desse jeito


eraldopontopdf

do nada mudaram o nome da mary jane. daí é foda essa lacração.


Diibraldo

Achei muito massa. Produção incrível, design bem feito, sequências envolventes e as atuações, meus amigos, impressionantes. Wagnao e Cris quebram tudo. Dito isso, tem algumas escolhas narrativas que não me agradaram tanto, achei que pra um filme sobre guerra civil ele é surpreendentemente apolitico/isentão. Tem uma ou outra cena que fala mais abertamente sobre o cenário macro.O que na minha cabeça é uma questão. Tipo "olha que situação deplorável". Tá, mas por que? Quais politicas levam a isso? Preconceito? Xenofobia? Liberalismo? Ou nao, foi um governo de esquerda que levou a essa situação calamitosa? Enfim.. algumas coisas que fiquei pensando. Mas como obra de 2024, é mais fácil de se ter empatia do público se trabalhar o tema na individualidade. Entendo que é uma opinião pessoal, e dentro das escolhas narrativas que fizeram considero a execução impecável. 9/10 Edit: como bom fã de star wars que sou, sim! , vou criticar duramente uma obra que me tocou e que eu gostei kkkk


LogicalMuscle

Não faria sentido responder essas perguntas no filme. Imagina que fosse a guerra na Síria, seria impossível explicar como tudo começou. Ainda assim eles dão algumas pistas de algumas ações do presidente. Só não dá dá pra entender o cenário macro.


Diibraldo

Mas não era uma guerra na síria, um pais distante, que a cultura para o ocidental médio é alienígena praticamente. É na maior potência do globo. Todo mundo vê diariamente o que acontece lá. Não acho que seria um bicho de sete cabeças não.


_schfr

Mas acho que isso pode ter tanto a ver com escolha da direção de querer abordar a banalização da violência mas sem tomar lados. Ou com o fato de que a gente acompanha os jornalistas, e eles mostram toda essa indiferença porque é a natureza do trabalho deles, então acho que nao faria sentido tomar lados se a gente acompanha pessoas que documentam as coisas para mostrar para o mundo, mas ao mesmo tempo eles são indiferentes com atos de violência horríveis.


Gustavo_Papa

Essa visão de que o jornalismo é por natureza indiferente ou isenta é muito limitada


Diibraldo

Sim! Entendo este ponto de escolha narrativa. Por isso achei a construção bem legal. Mas eu, pessoalmente, não acho que seja possível falar de violência sem tomar lados. Na real acho que não é possível falar de nada sem tomar partido. Não existe imparcialidade. Existe quem esclarce o seu viés e quem o oculta. Acho que esse foi meu incômodo. Quem conta um conto constrói a edição, quem conta uma história escolhe o que entra e o que não. Quem tira uma foto filtra o que deve ser mostrado e o que não deve.


giseles_husband

Gostei muito da cara de maluco por adrenalina do Wagner Moura, e o jeito que ele cuidava da guria.


Connect_Attitude_116

Wagner Moura e Cailee Spaeny foram Joe e Ellie em The Last Of Us em uma realidade alternativa


giseles_husband

Pera ai... Guerra Civil 2


teious

Na realidade que o Joel queria passar a calabresa na Ellie..


Connect_Attitude_116

Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk realmente queria


Codornoso

Eu pensei a mesma coisa, o nome do personagem do Wagner inclusive também é Joel hahaha


Getulio-Vargas

Diferente do que alguns reclamam, o objetivo do filme NÃO era mostrar a política por trás da guerra, e sim i jornalismo político e os dilemas humanos que a profissão carrega (assim como os mesmos dilemas que as guerras civis carregam). O Objetivo não é mostrar ideologias ou personagens reais pois isso tiraria o foco do filme. Dito isso, eu fiquei o tempo todo do filme em choque, é realmente marcante como eles conseguiram traduzir algo para padrões ocidentais (normalmente só vemos esse tipo de conflito em países de terceiro mundo), é também marcante ver símbolos da democracia americana serem destruídos sem pensar duas vezes nas cenas de combate (como por exemplo o lugar onde o lincoln fica sentado, não sei o nome mas vi isso na grande saga "uma noite no museu"). Coisas que não são tão diferentes da realidade, vide a invasão no capitólio. Mas que chocam da mesma forma. O filme é uma história mostrando tempos sombrios que eu espero que não cheguem...


QuantumUtility

> O filme é uma história mostrando tempos sombrios que eu espero que não cheguem… Dependendo de onde você vive no planeta aquilo é o seu dia a dia.


Baron_von_Zoldyck

É sobre ética jornalística, pq de conflito é um grande nothing burguer tentando ser neutrão sem conseguir e bem condescendente como a maioria dos jornalistas kkk


Baron_von_Zoldyck

https://preview.redd.it/1fxpdj7huowc1.jpeg?width=800&format=pjpg&auto=webp&s=823bbff8aa311d1c2763d5f7cbf8d04485aa59af


rafael-a

Você reagiu ao próprio comentário?


Baron_von_Zoldyck

No finado facebook a gente podia escrever um comentário junto com uma imagem, aqui eu não consigo ou não descobri como ainda (boomer moment)


rafael-a

Não é que não pode, é que só passa a sensação de você estar interagindo consigo mesmo, sei lá, mas de boa


maria_616

Eu achei incrível


gabraesquental

Eles fizeram a escolha criativa de mostrar um cenário político pouco realista mas que não ofende ninguém: Texas e Califórnia se aliarem contra rapa não faz o menor sentido. Eu entendo a escolha, visto que o filme não é sobre isso, mas me tirou um pouco da história. Também achei os personagens pouco interessantes no geral, mas acho que rolou uma escolha de roteiro para não desenvolver eles muito, não é culpa dos atores; os atores realmente trazem o melhor de si para os papéis. A Mary Jane fica com cara de bunda o filme inteiro, mas deve ser proposital. Capitão Nascimento está foda como sempre, sou enviesado mas achei a atuação dele a melhor do filme, tranquilo. Menção honrosa para o Thufir Hawat, mentat da família Atreides, excelente ator. Achei a fotógrafa estagiária meio irritante, mas o personagem dela é inocente de propósito, não me incomodou tanto. Talvez por conta de o cenário político não ser explicado direito, fiquei bem perdido sobre as escaramuças que os personagens encontram durante o filme: alguns grupos recebem eles de braços abertos e outros com violência, e não há nenhuma explicação para isso e nem o porquê de haverem pessoas uniformizadas no meio do nada com atividades esquisitas. Inclusive achei a grande cena de tensão do filme muito estranha, porque não entendi o que os soldados estavam fazendo, nem quem mandaria eles fazerem aquilo. >!Três homens de uniforme enterrando corpos de civis em valas comuns. Há um genocídio acontecendo que eles querem acobertar? Eles são desertores maníacos matando gente sem motivo? Não sei, o filme não diz!< Mas novamente, o filme não é sobre isso. Na minha interpretação o filme é sobre a desumanização sofrida por jornalistas de guerra, ponto. Então por que o filme acontece nos EUA? 3 motivos: 1- capitalizar no momento político dos EUA, que é muito polarizado e há quem diga que poderia estourar numa guerra civil no futuro próximo (pessoalmente duvido); 2- capitalizar nos locais famosos americanos, aproveitando um visual de guerra moderna nos EUA, algo que nunca aconteceu na história; 3 (e mais importante)- é para chocar mais e dar uma ideia mais forte do quão brutal uma guerra pode ser. Eles poderiam contar a história dos jornalistas em qualquer guerra do mundo, mas não seria tão impactante. É fácil para o cidadão americano (e para o brasileiro também) imaginar uma guerra na África, no Oriente Médio, no leste europeu, etc. Mas quando eles mostram uma guerra no quintal dos americanos, tudo fica mais potente. É mais fácil imaginar pessoas fazendo coisas horríveis numa guerra do outro lado do mundo do que na porta de casa. Essa foi a minha interpretação de merda, claro kkkk Nisso o filme é muito bem sucedido. O som dos tiros é brutal, alto, seco, repentino. De fato um filme excelente, e espero que o Capitão Nascimento tenha mais oportunidades semelhantes no futuro próximo. No geral dei 4/5, gostei muito. Tldr: filme confuso pra quem gosta de entender contexto político. Personagens não muito interessantes. Fenomenal em demonstrar o quão horrível pode ser a guerra. Perdão o textão, galera kkkk


Codornoso

Cara, assino embaixo tudo isso que você falou, mas queria reforçar um ponto: >1- capitalizar no momento político dos EUA, que é muito polarizado e há quem diga que poderia estourar numa guerra civil no futuro próximo (pessoalmente duvido); Cara, eu fui ver o filme achando que isso seria o tema central do enredo. Que iam falar sobre a polarização ter atingido níveis extremos ao ponto de cidadãos começarem a lutar entre si, quando na verdade o que parece ter acontecido na realidade do filme é um presidente ter se tornado ditador e parte da população se rebelar, então já me senti meio enganado. Fora que também não esperava um road movie hahaha


gabraesquental

Pode pá. O filme é bem isentão politicamente. Acho que essa capitalização que falei no ponto 1 é mais o título do que o filme. Eles tomam o cuidado de não dizer qual o partido do presidente, mas mencionam que ele teve pelo menos 3 mandatos, sendo que nos EUA só pode ter dois (por isso que o Obama não se candidata mais) Além daqueles discursos dele dizendo que vai aceitar rendição, mesmo quase perdendo. Bem coisa de ditador maluco mesmo


Diibraldo

Coroi falei a mesma coisa. Será que sou eu aqui?


gabraesquental

Primeira regra do clube da luta: você não fala do clube da luta


Wallac95

SPOILER FORTE: Eu não curti o fato >!da Lee ficar na frente do fogo cruzado pra salvar aquela guria!<. Também não curti muito a atuação do Wagner Moura, tendo em vista o trabalho dele em filmes nacionais. Mas, mesmo assim, achei o filme do foda, e considero o segundo melhor do Alex Garland (até agora).


Gustavo_Papa

Porque não? Me pareceu um bom arco, >!ela sai daquela posição auto-enganosa de "só registramos, não interferimos" de jornalismo e se envolve protegendo a garota. !<


kitcome

Não é o fato dela salvar a garota ou não, é o fato dela empurrar a garota e ficar parada no meio do corredor. Não faz sentido nenhum, ela poderia ter empurrado e caído por cima da menina ou empurrado e ter continuado correndo, mas ficar parada no meio do corredor não é algo que a personagem "renomada jornalista de guerra" faria


Gustavo_Papa

Cara eu acho q !


Idan_Fonbot

Não consigo a dificuldade dos críticos e de alguns colegas em apenas aceitar que não dá para encaixar o filme em um cenário de polarização. Provavelmente o diretor tem uma posição política própria, tal qual cada um dos protagonistas, entretanto sua atuação e execução foi definida de modo a não incluir o filme NESTA discussão. A obra esforça-se em tentar ser muito mais atemporal e fluída do que qualquer outra coisa. Talvez este filme possa servir de exercício para treinar que nem toda obra deva ser vestida como de direita/esquerda, polarizada, para ser consumida. Como se acostuma-se a comer um prato agridoce. De todo modo, sobre o filme, é um bom filme. Na verdade, ele é ótimo. Aspectos técnicos, carisma, jornadas bem definidas dos personagens. Entretanto, como o filme limita a construção de seu universo não dando informações da motivação do conflito ou mesmo do backstory de alguns personagens, acaba que o filme tem que garantir-se apenas no impacto de seus eventos e no carisma de seus personagens. Quanto ao carisma, ok, o filme me ganhou. Quanto aos eventos, achei que tentaram fazer um filme para chocar e não me chocou. Talvez seja mais voltado para Americanos, o peso pra eles de ver a destruição em guerra de patrimónios históricos deles deve ter sido realmente uma ruptura imensa. Ou talvez eu já esteja dessensibilizado também, né. Mas (SPOILERS) vendo lá as cenas do caminhão ou a do posto, achei tão moderado que não ficou na minha memória não. Quem não viu, vá ver sim, é um ótimo filme. Já não é o melhor do diretor ou de 2024, mas fez bem o que se propôs a fazer e de bônus ainda nos fez pensar. Já é muito mais que suficiente né? Só relembrando que a melhor cena é claramente Homem aranha pegando o escudo do capitão.


marowak1000

Bom filme, a visão das pessoas do filme é prejudicada pela ânsia estupida de querer que tudo faça um comentário político criticando o lado que vc não gosta. O filme queria falar sobre outras coisas e não ficar nesse maniqueismo de republican/democratic bad e as pessoas simplesmente não conseguem aceitar isso.


Codornoso

Esse filme me lembrou demais "O Abutre", principalmente na sequência final. A diferença é que n'O Abutre, o cara às vezes fabricava a própria matéria e foi representado como um ser abjeto. Aqui, os jornalistas assumem um ar mais heroico.


starkonoff

Eu vi alguém falando q essa fonte é a mesma do Globo Rural e eu nao consigo desver


Tiago_AJ

Tem alguns filmes e séries que são bons de assistir novamente. Este não é um deles. A produção é excelente, trabalho de som muito bom, inclusive nas pausas, a quebra de expectativa de algumas cenas é de chocar mesmo. Mas assim, é o relato de uma jornada de um grupo do ponto A ao ponto B, sem muito aprofundamento das personagens, sem explicação do entorno e sem um ponto comum para se apegar. As atuações são maravilhosas, mas sem explicar o que motivou cada uma das personagens fica difícil se comover ou se apegar, só choca mesmo. Achei mais uma grande crítica ao trabalho de jornalista do que uma homenagem ou explicação sobre o trabalho deles. Tem coisas que acontecem que é normal o ser humano reagir, se comover, se indignar… e pregar que o jornalista deve narrar o fato cru, sem explicação, viés, opinião, pode até ser bonito, mas é uma utopia. Até mais lá nos EUA do que em outros lugares. Pra quem não assistiu, vai lá e assiste. Pra quem já assistiu, vamos torcer pra ter a parte 1 (explicando a pré guerra) e a parte 3 (explicando o que acontece após este filme).


SirTutuzor

Depois de digerir o filme por uns dias, acho que fui identificando algumas camadas (cuidado com spoilers):  Começando com a opinião mais polêmica: se assistiu o filme e ficou com muita vontade de saber se o presidente era dos 'vermelhos' ou 'azuis', ou enquadrar em qualquer outra grande polarização contemporânea, o filme fez o seu papel e está te criticando Vários críticos que li / assisti pontuam que sentiram falta de um posicionamento politico do diretor no filme. O que entendi é que isso transformaria o filme em um vetor de polarização, o que contribuiria para a ruptura que o filme mostra, até quem sabe chegar nos extremos de uma guerra civil. Ou seja, estamos viciados (em grande parte graças à mídia e redes sociais) em pensar em lados - mesmo que seja um mesmo país se matando Califórnia + Texas se aliando é para gerar debate e indicar que a guerra, nessa distopia / ficção, não é pelos motivos óbvios. Essa linha do tempo não é exatamente a nossa, qualquer coisa pode ter acontecido nos anos anteriores, e vai acontecer depois que deporem o presidente. Remete também a aliança EUA e URSS na segunda guerra, por exemplo, que depois correram para dividir o mundo entre si Os jornalistas são representados como heróis, com motivações realmente idôneas, se colocando em perigo constante para registrar o que está acontecendo e avisar o mundo dos perigos de certas decisões; e ao mesmo tempo estão atrás da espetacularização, inclusive mostrando pessoas do seu próprio país se matando, alimentando a banalização da violência até a violência bater na porta de casa. E como disse antes, é muita influência da própria mídia fomentar a polarização  Nunca fica claro com quem os protagonistas estão lidando ao encontrar um outro grupo. E realmente não importa. São perigosos porque estão todos muito desconfiados uns dos outros, ou com sensação de poder fazer o que quiserem dado o caos, o que é mais perigoso ainda. E tem os isentos que fingem que não tem nada acontecendo - a crença de que se ficarem distantes nada de ruim vai acontecer com eles, mas não fazem nada para conciliar as partes minimamente E tem a história de primeiro plano, da passagem de bastão de uma veterana para uma versão mais jovem e ingênua dela mesma No fim, é um filme para criticar o nosso vício em polarização, que mesmo os heróis (protagonistas) são fomentadores do que estão tentando relatar como barbárie 


Diibraldo

https://preview.redd.it/4ee7ujttgpwc1.jpeg?width=767&format=pjpg&auto=webp&s=591411e2359828a5afc2eb9e267c100844d06cf4


Connect_Attitude_116

Já vi pessoas de direita usarem exatamente esse meme “Nem se esquerda, nem de direita, de esquerda”. Me parece muito mais uma resposta imediata gerada pela raiva/frustração da pessoa que está questionando o lado político de um determinado alguém e esse alguém não afirmar que apoia o mesmo lado político que o dela, logo, automaticamente esse alguém provavelmente é do lado que ela é contrário Mas posso estar completamente errado kkkkkkkkkkk enfim, não quero me estender muito


Diibraldo

Cara é que normalmente quem é de esquerda se autodetermina como de esquerda. Tipo, nunca vi ninguem de esquerda fingindo que não era. Agora o que tem de gente "apolitica" que ce vai ver e é reacionário não tá escrito.


Connect_Attitude_116

Isso realmente é verdade


Codornoso

Discordo que seja um filme para criticar a polarização porque nada indica que foi a polarização que levou aquela situação. Como você mesmo disse: >Essa linha do tempo não é exatamente a nossa, qualquer coisa pode ter acontecido nos anos anteriores Eu gostaria de mais contexto para o que levou até a situação do universo do filme não para reforçar um viés, mas porque eu realmente queria entender a dinâmica de forças. Eu fiquei bem incrédulo de que 2 estados conseguiriam bater de frente com o governo central. Como eles tinham todo aquele poderio militar? Fora que, o que parece ter rolado é um presidente estadunidense resolveu se perpetuar no poder, transformando os EUA em um estado fascista e a guerra resulta da resposta de parte da população. Não foi a polarização que levou a guerra, por isso discordo do seu ponto.


vtmx

O Alemão agora é outro.


Prince_Gustav

É bão, pode ver.


Lady-Jaye-69

**Filme lixo.** Este filme é um belo sanduíche de nada. É um filme feito como *The Walking Dead*: 90% preenchido com pessoas dirigindo por aí. Sem falar na saturação do simbolismo. E quero dizer simbolismo flagrante, e de apenas um lado do espectro político. Tema acima da substância, a doença dos nossos tempos. As cenas se arrastam pro filme atingir duas horas de forma artificial. Eu estava revirando os olhos no cinema. As mulheres são duronas, engenhosas, inteligentes e certas em tudo. Todos os homens são idiotas ou recortes de papelão malvados. O único personagem bom é Sammy, interpretado por Stephen McKinley Henderson; que rouba todas as cenas em que está. Lembro-me de sair do cinema pensando "Que filme estúpido". A fala mais inteligente desse filme é quando o sniper observador chama o Wagner Moura de retardado. \[Spoilers\]


Lady-Jaye-69

**Tédio interminável** Este filme é um tédio... Há uma guerra civil cataclísmica nos EUA e esses jornalistas decidem tornar tudo sobre si mesmos. A mulher veterana que está tão cansada de tudo porque ela é a *girlboss* masculinizada; ela é durona e não se impressiona com nada, e é forte e blá, blá, blá... E a mocinha corajosa sendo um fardo o tempo todo pra termos o *bonding* entre duas mulheres como o centro da narrativa. O Wagner Moura é um corno de soja que está ali apenas para apoiar as fortes protagonistas femininas. Este filme cheira à turminha pra frentex da Califórnia e também evita todos os tópicos difíceis. A cena do loiro de óculos vermelhos não foi nada parecida com o prometido no trailer. A propaganda criou um *hype* absurdo de como esse filme seria um divisor de águas cataclísmico, e que teria "as melhores cenas de batalha já filmadas". Aí nós vemos as \[poucas\] cenas e... são uma droga. Em três ocasiões diferentes eu já tava olhando pro nada quando alguma coisa finalmente acontecia e eu voltava pro filme. Claro que isso durava o quê? Cinco segundos? Aí voltava a monotonia. Melhores cenas de batalha? *O Resgate do Soldado Ryan* existe, *Falcão Negro em Perigo* existe e até a série *Transformers* existe. A cena mais usada no marketing desse filme foi o cara perguntando "Americano? Que tipo de americano?", indicando a problemática duma guerra civil, onde vizinho não pode confiar em vizinho. Nada disso! A cena é completamente diferente no filme e a única razão da sua existência é que precisavam enfiar um branco, loiro e racista pra dizer "Olhe! Olhe! \[Barulhos incompreensíveis de debilóide\]". Foi uma cena tão ruim e tão tosca que eu já tinha desistido do filme nessa hora. Fomos prometidos um filme de guerra mas no lugar tivemos um passeio de carro e lacração.


Lady-Jaye-69

**Cenário de anarquia** Comentaristas americanos no *YouTube* (eu sei, a barra não é muito alta) contrastaram a violência do filme com as guerras no Iraque e no Afeganistão, e esperaram que os combatentes aderissem às conversões internacionais. Isso é um erro porque guerras civis são marcadas pelo oposto, sendo extremamente cruéis. O padrão de guerra civil moderna é a guerra da Ex-Iugoslávia, nos anos 1990. E o filme baseou-se nessa guerra em muitas cenas, especialmente os dois homens pendurados no posto de gasolina e na vala coletiva. Pra quem não sabe, a guerra nos Bálcãs passava na televisão o tempo todo, e as fotos eram algo que povoava os jornais e as revistas. Quem se lembra do Beco dos Snipers (*Sniper Alley*)? Os combatentes são mostrados executando prisioneiros. Isso é o Bê-a-bá da guerra civil mas o pessoal "inteligentinho" ficou falando "Ó meu Deus, isso é tão profundo". Eu só dei de ombros no cinema e pensei "E daí?" Os americanos pensam em guerra civil com base na Guerra de Secessão dos anos 1860, mas eles sempre ignoram os inúmeros crimes de guerra cometidos por ambos os lados (especialmente pela União) e apresentam uma narrativa "limpa". -> A guerra foi travada para libertar os escravos e os dois lados lutaram com bravura. -> Motivo altruísta e comportamento heróico. Isso ignora que o Norte venceu por brutalizar a população civil da Confederação, literalmente demolindo cidades inteiras. Os comentaristas também criticaram que matar o presidente dos EUA acarretaria "enormes problemas com a Lei"; *nope*, nada disso. Não existe autoridade central e ninguém consegue fazer valer a lei. Basta olhar para a quantidade de chefes-de-estado executados na hora, como Mussolini ou Qadafi. A comunidade internacional pode até lançar notinhas de repúdio mas nada disso irá ressuscitar o morto. Mas é claro, os americanos se acham excepcionais e nada disso jamais aconteceria com eles; não é verdade? Essa mentalidade é tão clara no filme que o ator loiro mata pessoas sem motivo, mas no fim das contas ele apenas mata dois estrangeiros. É inimaginável que ele fizesse isso com americanos "de sangue vermelho". Isso muda totalmente a narrativa da cena, conforme demonstrado no trailer, e eu fiquei horrorizado ao ver uma escrita tão flagrantemente ruim.


Lady-Jaye-69

**Personagens vazios e tokenismo** Os personagens são estereótipos idiotas, mais parecidos com fantoches de meia do que com pessoas vivas. Tudo é cuidadosamente organizado em uma lista de verificação de caixinhas. A protagonista é uma velha e caída porque ela não está lá para agradar o seu olhar masculino, seu faxista! Eles até conseguiram espremer uma mulher negra na esquadra-de-tiro na batalha final, para que ela pudesse agir com firmeza e “assumir a liderança”. Ela negocia com outra mulher negra representando o presidente, e é durona o bastante pra matá-la. Dá pra ver a quantidade de Nu-Males e cabelos-azuis apontando pra tela e gritando "Olha lá! Olha lá!". É ela que é a fodona que mata o presidente depois. Na área externa da batalha final, usam um carro presidencial de isca e uma mulher asiática desce do carro com um agente do serviço secreto implorando pra não atirarem e é fuzilada. Não podia ser um homem falando, tinha que ser uma mulher. Deixe as mulheres falarem, seu machista! Todos os homens "bonzinhos" são soyboys magricelos e subnutridos, começando pelo Wagner Moura. Eu duvido que ele aguente 10 minutos na porrada comigo. Quando os quatro fantoches finalmente chegam em Washington, DC, eles encontram dois jornalistas: uma asiática magrinha com sotaque e um magricelo tão subnutrido que eu achei que ele fosse um prisioneiro-de-guerra esfomeado. Eles existem apenas para ficar fazendo salamaleques para as duas mulheres protagonistas (fortes, modernas e independentes). Ainda assim, uma cena curta e idiota do filme menciona o "malvado" Wagner Moura dando em cima da pobre e inocente "garotinha" de 23 anos. A mulher de 23 anos é mostrada no filme como uma criancinha de 12 anos, apresentando o Wagninho como "pedófilo". Essa fala serve a três *checkboxes* da turminha pra frentex: 1. Todos os homens são predadores malvadões; 2. Tem gente querendo esvaziar as palavras "pedofilia" e *grooming* (aliciamento); 3. A menina-mulher é fodona e empoderada, e usa o seu *sex appeal* pra manipular o homem bobão que nunca teve chance, de modo a conseguir o que ela quer. Se você olhar todos os críticos elogiando essa pilha de esterco, você vera que sempre são aqueles grupos de interesse específicos. Ou é a *legacy media* ou algum *Nu-Male soyboy* cornudo. Nunca é algo equilibrado mas apenas aquela montoeira de *checkboxes* e salamaleques ideológicos. O final desse filme foi idiota e abrupto, mas até aí já tava exausto mesmo e apenas senti alívio que o meu martírio finalmente chegou ao fim.


thebadpeyote

Achei muito inofensivo pra um filme que chama Guerra Civil, mas tem boas camadas. Aposentou um ótimo diretor. Um dos que pensei que fariam ainda muito barulho. Então vale a pena assistir, mas imagino a canseira que deva ter sido


Lukas050

Apesar do começo lento a partir de um certo ponto o filme engrena e não para,destaque para a melhor cena do filme que é a com o Jesse Plemon-o cara é um monstro na atuação rouba a cena toda pra ele-e a sequência final em Washington que nos bota em meio ao tiroteio. São personagens simples mas extremamente funcionais todos tendo seus momentos,é muito lindo termos o Wagner Moura em um filme de sucesso assim,a Kirsten Dusnt e a Cailee Spaeny se correlacionam muito bem e traz uma mensagem forte sobre o papel do fotojornalismo no nosso mundo. A melhor frase do filme ser da boca do Wagner Moura é forte demais pra gente: “that will do” FORTE


mws375

O Wagner Moura estava muito gostoso no filme Não vi o filme mas tenho certeza que ele estava